Só escrevendo V [o prazer em enrolar.]
Capitulo 1
Capitulo 2
Capitulo 3
Capitulo 4
[Antes de tudo, eu queria me justificar. Por que vocês devem estar pensando: "O vitor pirou, fica escrevendo que nem um babaca e ainda acha legal, ainda continua." ou, se não estão pensando isso, deveriam. Mas a questão não é essa, quando [se] eu acabar a estória eu me justifico melhor, mas só pra re-afirmar pra mim mesmo, eu acho esse parêntesis-justificativo necessário. Só escrevendo não é uma estória que eu criei. eu só narro, nada mais, nada menos. Deixo as imagens irem passando na minha cabeça, tento deixar zonas do meu cérebro fora do meu controle trabalharem na estória. E, quando eu não estou escrevendo, eu faço o máximo de esforço possível pra não pensar na estória, quando começo a pensar, combino comigo mesmo que tudo que eu pensei não vou poder usar. Não sei se vocês entendem o que eu quero com isso... é basicamente por três coisas que eu continuo. 1. Eu preciso escrever. sou viciado nisso. e, eu achei que seria bom treinar a escrita com qualquer bobeira. 2. Eu preciso de alguma coisa pra passar o tempo. e 3. Eu queria conseguir fazer uma coisa que eu não odiasse, escrever algo que eu não tivesse vontade de apagar depois de uma semana, algo que não causasse arrependimento. e com essa historia eu posso isso, pela insignificância dela, eu só escrevo, não ligo pra ela estar ou não boa, não ligo pra erros de concordância, falta de sentido ou qualquer coisa do gênero. Sempre que eu me pego pensando em deletar essa estória, logo lembro do nome dela, (SÓ escrevendo) penso na insignificância dela, e continuo. pronto, parei de enrolar, agora vou Só escrever.]
-Sabe Carlos, eu fico pensando se algum dia, alguém ja foi tão perdida quanto eu. Queria poder viver três vezes. Na primeira fazia tudo certo, me formava, trabalhava, fazia uma familia e morria. Dai eu voltava, e vivia tudo errado, usava tudo que uma pessoa pode usar, e estragava a vida da melhor forma possivel. Então por fim eu morreria de overdose ou alguma coisa assim. E a ultima, eu com a minha experiencia viveria da melhor forma.
Ela olhou pra cima e suspirou.
-É que eu acho muito dificil uma pessoa acertar assim de primeira, ou ter que ficar sempre escolhendo entre fazer o certo, o bom ou o melhor. Isso enlouquece.
-É...
Eles passaram por um bar, umas casinhas brancas apertadas, avenidas, ruas desertas, sem falar nada. Agente nunca sabe o que quer, por causa das coisas pré-determinadas. As pessoas acham um absurdo duas pessoas andarem por uma hora sem falar nada entre si, e mesmo assim não se sentirem sozinhas. As regras dizem que o silêncio deve fazer agente se sentir sozinho, mas Carlos e Clarice estavam acima das regras e leis. Se eles passassem do seu lado, por alguns segundos você ia sentir seu corpo indo pra um outro lugar, além de tempo e espaço, uma dimensão mais simples e melhor.
Então eles sentaram num banco branco. Ele achou engraçado, que os oculos da clarice eram pretos, aqueles aros até umpouco grossos e retangulares, mas você nunca pensava "ela usa oculos." se você fechasse os olhos e tentasse formar o rosto dela na memória ia esquecer de adicionar os oculos.
A tarde estava caindo, o sol deixava a cidade laranja e ofuscava a visão. Ele protegeu os olhos do sol, e ainda sentado disse:
-O que vai ser da gente?
Ela olhou ele. Parou, pensou, mediu cada palavra:
-A gente não existe. Não dá pra existir. Você me entende, esse é só um daqueles encontros ocasionais, de duas pessoas totalmente perdidas que esbarram, conversam, ficam juntas por um dia e no outro não passam de lembranças, cada vez menos nitidas. E algum dia você vai se perguntar se aconteceu mesmo.
-...
Foi essa a resposta dele. Ele talvez tenha falado algo, se falou, nem eu, nem ele, muito menos clarice ouviu. Ele queria ficar com ela o maximo que conseguisse, nunca tivera um silêncio tão bom com outras pessoas, namoradas, amigos ou parentes. Queria devorar ela, queria ser ela do jeito mais intenso que uma pessoa pode desejar estar junto de outra.
Ele levantou, deu dois passos, e ficou de frente pra ela, lhe estendeu a mão e deu um sorriso. Ela insegura, pegou a mão dele, se levantou e então eles andaram de mãos dadas. Sem se preucupar com mãos suadas, sem se preucupar com nada. Conforme voltavam, o sol ia caindo, dando aos muros brancos pelo qual tinham passado de dia uma cara mistica, e aos poucos os postes de luz foram acentendo. O mais estranho de tudo é que eles tinham a sensação de andar atraz deles, de ver as costas e silhuestas deles juntos, como num quadro.
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