Só escrevendo I
Vou contar uma história, e é em tempo real [literalmente.], vai acontecendo eu vou escrevendo, nem eu mesmo saberei o desfecho antes de acabar.
Essa historia se passa em algum lugar da minha imaginação. Vou lhes falar um pouco desse lugar...
Quem vê de cima numa visão além de estradas e telhados, vai ver que é como se fossem muitas mini-cidades juntas, como varias cidadezinhas do interior interligadas, separadas de modos invisivéis, formando uma grande metrópole.
O segmento da cidade na qual se passa a nossa estória/historia é um lugar relativamente amigável, onde bem no centro fica uma praça com uma fonte. Cidades costumam ser parecidas, não preciso ficar parágrafos descrevendo essa cidade, cuja única característica marcante é o excesso de branco.[sim, muito branco mesmo, nas paredes, calçadas pintadas de branco, e tudo que eles puderam pintar de branco.]
Uma garota sentada na fonte com um livro na mão se levanta. Ela tem cabelos lisos, um óculos, nariz fino, e olhando bem pra cara dela posso dizer quase com certeza que o nome dela é Clarice. Ela resolve dar uma volta no quarteirão, e não, ela não estava lendo enquanto sentada na fonte, ela só estava com o livro na mão, o porque disso eu desconheço.
Então, ela passa por um garoto andando no sentido contrário da rua, eles cruzam o olhar, e a historia finalmente encontra com seu personagem principal. O olho do telespectador deve agora se voltar ao caminho que o garoto está fazendo rumo ao supermercado.
Na verdade, o personagem principal é esse garoto de 1,80m indo ao supermercado, a Clarice é só uma personagem secundária que vocês vão voltar a ver mais tarde [eu prometo].
Tentem imaginar o garoto, andando preocupado pela rua, tentando parecer um criminoso suspeito pra ver se alguém faz alguma coisa. Nada. Era sinal que o plano estava dando certo.
Finalmente ele avista o supermercado. Um funcionário na porta e pelo que se pode ver de fora um lacra volumes. Ele logo imagina a mão dele apertando a garganta do funcionário numa tentativa de fuga, e imagina seu sangue, imagina as pessoas da rua abismadas. Então para de imaginar e entra no supermercado.
A lógica é bem simples. Criminosos comuns são pegos porque agem como criminosos. Alguém que furta é descoberto porque o próprio sabia que estava fazendo algo ilegal, e portanto, partindo desse ponto de vista, alguém sem nenhuma consciência do que faz pode roubar sem ser pego.
Essa pelo menos era a teoria do Carlos [ah sim, o nome do garoto é esse], que ele iria por em pratica agora.
~[tubicontinuédi]
0 Comments:
Post a Comment
<< Home