Saturday, December 15, 2007

Sobre como a vida sempre continua.


Vim aqui falar da Giovana. Pela ultima vez esse ano eu quero fazer um balanço de tudo, calcular prejuízos pra depois levantar e continuar andando.

Conheci uma Gika, a algum tempo atráz. A gente se conheceu por meio de uma coincidência absurda, mas sem entrar em muitos detalhes do que já aconteceu à tanto tempo. Fazem uns três anos já, desde que ela era uma menininha impulsiva e pura e eu um garotinho que queria salvar o mundo.
O estranho entre agente é que agente nunca fica de fato juntos, e ao mesmo tempo nunca se separa, como se eu ja contasse que ela estaria sempre ali, me ligando, conversando comigo no msn, ou qualquer coisa. Sempre que agente ficava juntos de verdade em seguida agente se separava de verdade por um tempo. E só faziamos isso por que era assim que tinha que ser.
Desde os 12 eu fazia planos da gente no futuro, dependendo da fase em que eu estava eu fazia um tipo de plano pro nosso futuro. Tinha "Giovana e Vitor versão velhinhos em cadeiras de balanços olhando as estrelas", tinha também a versão "Giovana e Vitor roubando um carro e fugindo do mundo", "Giovana e Vitor com um sitio vivendo do que plantávamos" e outras milhares de versões do nosso futuro. É estranho porque falando assim eu parece que eu sou um garotinho inocente fantasiando utopias, mas, a Giovana foi a única pessoa que eu quis realmente ficar junto por quanto tempo eu pudesse...
E o que aconteceu? Nada.
Da ultima vez que eu vi ela eu só senti que ela não era a Giovana que eu conhecia. Era Giovana fingindo ser alguma coisa, ou vice-versa. Não sei pra falar a verdade, eu só não senti mais que o universo todo tinha sido criado só pra gente estar juntos, da ultima vez que eu encontrei com ela. Mas mesmo assim, eu ainda gostava dela.
Nesses últimos dias, não me lembro bem qual dia, ela disse as seguintes palavras "finge que eu não existo, tá? e vai se fuder, junto com todas as babaquices de amor que eu já disse pra você."... Profundo não? Sabe qual foi o pior de tudo isso que ela disse? Eu não liguei. Eu leio, leio e leio isso e não consigo ficar triste, nem ofendido nem coisa que o valha. Acho que é porque eu senti isso muito antes dela dizer.
A única coisa que vem na minha cabeça agora, e vejam só que absurdo, são cenas de filmes.
A primeira é uma que está um menininho de uns 11 anos e o seu pai num sofá assistindo titanic. A namorada do garotinho ia viajar e ele estava super deprimido, então o pai dele da pause no filme, pergunta ao menino o que estava acontecendo. E ele diz que a vida dele acabou porque ela ia embora. Então o pai responde "é, talvez ela fosse mesmo o amor da sua vida, a sua alma gêmea, mas na vida agente não tem só uma alma gêmea." [então ele faz uma comparação disso com o Jack e a Kate do titanic.]
A segunda é uma Cena do Elizabethtown; A Claire narrando a cena enquanto o Drew abre o artigo sobre o fisco dele. Ela diz algo como "Você tem 5 minutos pra entrar na mais profunda melancolia de tudo o que aconteceu. Aproveite isso, depois jogue fora e siga a vida."
E é isso. Não é nenhum final, nem um adeus, talvez ainda nem tenha existido um começo de verdade, é só o que aconteceu, sem tentar prever o que vai acontecer; só um último suspiro por você antes de seguir a vida.

Saturday, December 01, 2007

tão cinza, parcialmente morto.


Tem textos que simplesmente não sei como começar.
E a imagem que eu escolhi não foi lá a melhor pro texto.

Quem me vê lá fora ouvindo Giz e fumando não pode entender, acho que nem eu posso entender, e isso que eu sou o que mais me conhece... Só dá pra sentir aquela sensação de que tudo está errado, e não saber o certo, sentir entre cada segundo que tudo está morto.
As vezes agente sente aquele desespero, de que nossa vida se tornou um pesadelo ou um labirinto sem saida.

Isso é tudo papo furado, eu sei, mas eu estou confuso, ansioso, e não sei até quando isso vai durar.
Nunca sei o que dizer...
Nunca sei.
Nunca.

E é isso ai, não sei o que dizer, vou parar por aqui, pra ver se as mentiras que eu conto morrem quando eu clickar em "publicar postagem", antes que seja tarde.

porque sei lá.

Sou uma pessoa engraçada com tendencia a achar tudo engraçado.
Vejo uma mulher que dizia-se grávida brigando com um idoso por um lugar no onibus e tenho uma crise de risos.
Talvez eu só faça isso pra compensar a maioria da população de cara emburrada... Mas eu também encontro algumas pessoas que nem eu. Alias, que nem eu até demais. Esses dias peguei onibus com uma menina com uma pinta na boca, que ficava sorrindo pra todo mundo e dava lugar pras velhinhas. Haah! Não resisti, tive que puxar assunto! Puts, como eu adoro gente simpatica.
Só o fato de estar com alguém ja me deixa feliz geralmente, até por isso quase nunca as pessoas me vêem triste ao vivo. Acho isso um tanto quanto perigoso, esse lance da gente sempre acreditar que o segredo pra nossa felicidade está em alguém. Talvez bom mesmo seja você ser tão sozinho que nem ao menos fique 'feliz' ou 'triste' só pelo simples fato de não ter ninguém que se importe, e não precisar fazer um relatório do seu animo pra ninguém.

...ou não.
Vou fumar, fazer um café e tentar não dormir antes das seis da tarde.
Tchau.