O longo caminho à luz

Eu sinto que vou morrer.

Eu acredito em destino e livre arbitrio...

Mais hoje eu tenho a sensação que ja não posso fazer nada, o fim é uma certeza e o meu é proximo eu acho...

Talvez daqui a alguns anos eu leia isso e de risada da minha estupidez, ou talvez não, talvez meus familiares ou amigos leiam isso daqui a alguns anos e chorem. Já não vejo muita diferença.

Sempre achei que a morte fosse uma grande roleta, que de 30 em 30 segundos aponta pra algum dos seis bilhoes e pronto, ele morre. Mais hoje, parece que está tudo diferente...

É como se eu tivesse morrido agora, em parte, não sei bem por que, mais hoje parece o começo do fim [nada original].

Esses dias eu estava lembrando do dia em que tudo mudou na minha vida, provavelmente o dia que mais influênciou pra como eu sou/estou agora. Foi quando eu tinha cerca de doze anos, eu estava no corredor indo pra sala, então eu parei, me apoiei na parede, meus pensamentos foram parar no meu futuro, como um nada, no meu passado como um covarde, que sempre teve medo de viver. Então, naquele momento eu decidi fazer minha vida valer a pena, decidi que viveria. E aqui estou hoje, escrevendo, pensando em tudo que se passou des de então, amigos, noites em claro pensando, madrugadas bebendo, horas fumando, conversas, planos, ideias, açoes, desenhos, musicas, tudo que eu fiz des d'aquilo.

E hoje, tenho todo um resto de vida pela frente, e quero renovar o juramento que eu fiz aos doze de fazer minha vida valer a pena pra mim, viver pra felicidade, prazer, viver sem medo, e acima de todas essas virgulas, VIVER. Assim como morte contradiz a vida, eu farei a vida ter um sentido.